segunda-feira, 29 de junho de 2015

Terapia” costuma ser considerada uma palavra de mau gosto, vista como uma admissão de que a pessoa não está 100% normal. Mas eis a realidade: não há absolutamente nada de errado em querer ajuda ou precisar de ajuda.
Saúde mental é algo que muita gente ainda não entende (na verdade, somente 25% das pessoas com doenças mentais acham que os outros sentem compaixão por elas). O termo “bipolar” é mencionado casualmente quando a pessoa não consegue se decidir sobre o penteado. Outros dizem ter TOC quando sentem a necessidade de organizar suas mesas. A doença mental é considerada uma coisa que “está só dentro da sua cabeça”, e você deveria ser capaz de lidar com ela sozinho.
Esse pouco caso com doenças mentais não é só uma questão social. Pesquisa da Associação para Ciência Psicológica sugere que o estigma das doenças mentais é uma barreira que impede as pessoas de buscar tratamento adequado. Ou seja, quanto mais o estereótipo é perpetuado, menos provável que as pessoas busquem ajuda quando precisam. Se você vai ao médico por causa de um problema físico, por que não ir a um psicólogo ou psiquiatra para cuidar de uma questão emocional?
Muita gente acredita que terapia é para quem não funciona direito, mas isso não é verdade. “A maioria das pessoas que busca aconselhamento não tem doença mental séria. Eles estão enfrentando desafios difíceis na vida ou estão passando por transições complicadas”, escreve a psicóloga clínica Dana Gionta no blog Psychology Today. “Isso, por sua vez, pode ter efeito adverso em seu bem-estar e sua capacidade de funcionar direito.”
Outro equívoco comum é que, uma vez iniciada a terapia, você vai ficar preso nela para sempre. Essa ideia reforça o estigma e pode impedir que muita gente dê uma chance ao tratamento, diz Gregory Dalack, responsável pelo departamento de psiquiatria da Universidade de Michigan.
“Certas pessoas acham que terapia sempre se trata de desbravar a história pessoal e falar e falar e falar, sem obter soluções para seus problemas”, disse Dalack ao The Huffington Post. “Embora algumas terapias sejam de longo prazo, outras podem ser focadas, com o objetivo de ajudar a lidar com um problema distinto, em um período relativamente curto.”
Às vezes as circunstâncias da vida atrapalham nosso bem-estar. Estresse no trabalho, problemas no relacionamento, conflitos familiares... tudo isso acontece em nossas vidas – e todas são razões válidas para procurar ajuda.
“Falar de seus problemas pode ajudar. Dá perspectiva”, diz Dalack. “Conversar com alguém especializado em entender ansiedade e depressão pode ajudar ainda mais a lidar com esses sintomas e a reenquadrar os pensamentos negativos.”

Não me canso de repetir: Todo o pensamento se solidifica.
Que representa que iremos experimentar tudo o que repetimos consistentemente para nós mesmos, através de nossos pensamentos constantes.
As pessoa me perguntam ,se querer é poder e eu sempre respondo, “não”, e elas a princípio se chocam mas é a pura verdade: Querer não é poder. O poder esta no que você acredita a respeito de si mesmo e do mundo. Você não atrai o que quer, atrai o que acredita ser verdade.
Você pode querer muitas coisas e ficar apenas neste nível, o nível de querer sem ter. Aliás, focar a atenção em coisas que ainda não possuímos , pode até tirar a atenção do que realmente importa, valorizar o que já possuímos. Quanto mais você se sente agradecido por aquilo que você já possui, mais você se afasta de ser uma pessoa necessitada. Quanto mais necessitado você se sente (ou seja, querendo muitas coisas) mais falta você produz na sua vida. Aquele que se sente pleno, mais plenitude atrai.
Quando você foca sua atenção em tudo que você já tem, independente da quantidade e qualidade, você se sente privilegiado de alguma forma. Este sentimento de ser beneficiado, traz para sua vida mais benefícios.
Simples, você atrai tudo o que pensa e acredita.
Você acredita ser uma pessoa de sorte, mais sorte você atrai. Quando você deseja algo em sua vida, ao invés de ficar querendo, você se transforma nesta energia.
Insisto na frase de Einstein: “Não se resolve um problema no mesmo nível que ele foi criado.”
Ou seja, se você esta vivendo alguma falta, alguma necessidade, algum sentimento negativo, você não resolverá pensando muito nele, você só irá se afundar mais nesta energia negativa. Quanto mais você estiver nesta energia negativa, menos apto você estará para sair dela. Literalmente você se afunda. Você terá que sair desta energia e evoluir, pensar em outro nível, no nível da energia positiva, na solução.

A Solução para quem se sente com falta de algo, necessitado, infeliz…. É reverter esta energia.

Para isto três atitudes são necessárias:

1) Focar sua atenção naquilo que você já possui e se sentir agradecido.

Se você se envolver com a energia de se sentir agradecido, você começa a produzir uma mudança significativa em sua vida. Você passa de “pedinte” para “pleno”. Esta transformação de energia produz resultados do mesmo valor. Não esqueça, você atrai tudo em sua vida de acordo com o seu nível de vibração. Se você vibra com energias negativas, você atrai matérias( coisas concretas ) do mesmo valor.Você é suas escolhas. Escolha melhor e viverá resultados melhores. Escolha ser grato.

 2) Tudo que você esta experimentando é resultado do seu ponto de vista.

Quando você quer mudar, experimentar coisas diferentes, você tem que mudar o seu padrão habitual de pensamento. Não se muda, mudando as circunstâncias, os acontecimentos, as pessoas ao seu redor. Se você não alterar a sua forma de pensar habitual tudo lá fora continua a se repetir. Enquanto você não acordar que esta tudo em você, as coisas irão continuar se repetindo.Desista da ideia de mudar o que está fora e se concentre em mudar você.

 3) O Universo responde de acordo com a sua percepção e a sua percepção é moldada pelo seu padrão de pensamento.

O seu padrão influencia o que você vê e como você vê. Se torna um hábito.
Estes hábitos se solidificam e “infectam” todas as suas percepções da realidade, e então você se torna. Você se torna sua identidade.Sua identidade é formada com aquilo que você se identifica.
Com o que você se identifica? Isto esta atraindo tudo em sua vida. E isto é a causa de todos os seus ganhos e limitações. Você é limitado única e exclusivamente por você mesmo. Ou seja, se algo que você quer não esta presente em sua vida, a causa é suas identificações. Quebre suas falsas identificações. Abandone todas as identificações que criam limitações, porque isto não é seu verdadeiro EU. Seu verdadeiro Eu é ilimitado capaz de milagres. Saia da prisão que você próprio criou pelas suas falsas identificações. Você se torna tudo que pensa e tudo que pensa é a fonte de tudo que você vivenciará.

O que você contempla você se torna. Por este motivo criei a CAIXA PRETA um símbolo que entrego à todos os participantes dos meus cursos e no consultório, para que este seja usado diariamente para sinalizar o cérebro não pensar, não falar, não materializar problemas. Queixas, preocupações, dúvidas, medos, incertezas, são pensamentos tóxicos, que se você não quer que eles evoluam para um problema concreto, neutralize. Escreva suas idéias negativas e coloque na caixa como um símbolo da recusa em potencializar estas idéias até o nível do concreto.

Tudo são suas criações. Portanto não existe nada mais sábio do que se fazer duas perguntas e seguir com atos as suas respostas:

1) O que precisa ser liberado dos meus pensamentos para atrair tudo que desejo?

2) O que precisa ser incluído no meu pensamento para atrair tudo que desejo?

Renove sua mente, renove sua vida.
Você estará criando espaço para os MILAGRES.
A CAUSA OCULTA DAS DOENÇAS
Por trás de uma doença ou acidente sempre existe um pensamento ou crença negativa.
Todos nós criamos uma realidade em nosso mundo mental, que se materializa em nosso corpo ou realidade concreta.
Se você acha que a causa de seus problema está na crise econômica, na frente fria, no trânsito, na violência, no chefe, no marido ou na esposa…
Saiba que você pode estar enganado.
A principal causa dos nossos maiores problemas e infortúnios
estão dentro de nós mesmos: nos nossos pensamentos e crenças.
Essa é a opinião de Louise Hay, que é uma das maiores pensadoras americanas da Nova Era e autora do livro "VOCÊ PODE CURAR SUA VIDA" .
Só no Brasil esse livro vendeu mais de um milhão de exemplares e ajudou a modificar a consciência de muita gente.
Pessoas que, conduzidas por padrões mentais negativos,
deixaram-se levar pelas doenças e sentimentos nocivos.
Louise Hay aponta a crítica, o ressentimento e principalmente a falta de amor próprio como os grandes causadores de enfermidades e toda a sorte de problemas em nossa vida.
Criamos as doenças em nossa cabeça e o corpo funciona apenas como um reflexo dos pensamentos, crenças e sentimentos, ou seja, por trás de uma doença existe sempre uma crença incorreta:
"não sou bom o bastante", "não vou conseguir",
"sou culpado e portanto não mereço ser feliz",
"nada prá mim dá certo", "todos me perseguem" e por aí vai, a lista é interminável.
Se você não conhece a teoria de Louise Hay, saiba que ela se curou de um câncer fazendo afirmações positivas, tratamentos alternativos e mudando sua forma de encarar a vida.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

“A criança que fui chora na estrada”. Deixei-a ali quando vim ser quem sou. Mas hoje, vendo que o que sou é nada, Quero ir buscar quem fui onde ficou.”                                  Fernando Pessoa


Segundo a tradição espiritual do Havaí, nossa Criança Interior por analogia é nossa Mente Subconsciente...
 
E SUA PRINCIPAL FUNÇÃO É  - A MEMÓRIA -, reservatório de nossas memórias aprendidas
Percebam a importância dela...  É IMPORTANTE SABER DISTO!
É na criança que se encontra o nosso reservatório de memórias, todos os registros, programações e suas percepções...
São nossas crianças que riem, que choram, que sentem medo, raiva, amor, ódio, alegria, enfim, todas as emoções e que nos fazem pensar que somos nós (mente consciente)... Elas têm características próprias, podendo ser brincalhonas, mal humoradas, primitivas...
Todos esses sentimentos e emoções que provêm das memórias da criança podem ser tão fortes a ponto de superar a nossa vontade (mente consciente)... E não termos o menor controle!!!
Armazena também ideias não percebidas pela mente consciente no momento de sua formulação. E nós, (mente consciente) não sabendo que estão lá, não solicitamos. Assim, pode a Criança, em determinadas ocasiões, fazer com que nós não possamos controlar a sua manifestação.
É a Criança em nós que aprende, que se lembra e se recorda, é ela que desenvolve as nossas habilidades e hábitos, a que mantém a integridade do corpo físico, guardando um sentido de identidade durante o dia a dia.
Também é ela que registra todas as impressões, tanto dos fatos bons quanto dos ruins. É a ‘responsável’ pelo ‘nosso’ raciocínio dedutivo partindo das imagens que são fornecidas durante a infância.
Ela faz também faz associações das recordações para a concepção de um raciocínio que, “pensamos”, partir de nós (mente consciente).
Quando nossa mente consciente solicita qualquer tipo de comando, é a criança interna que responde rapidamente, dando forma às lembranças e as enviando, dando-nos a impressão de que o que falamos ou escrevemos está registrado em nossa mente consciente.
É em nossa criança interna que estão impressas nossas crenças, nossa memória genética e a aprendida, ficando guardadas no corpo, memórias celulares, como um modelo de vibração ou movimento. E quando há um estímulo, interno ou externo, mental ou físico, o movimento ocorre e a memória é liberada, dando origem a um comportamento mental, emocional ou físico.
Ela é responsável por toda parte instintiva em nós, as funções involuntárias do corpo, pela fisiologia do corpo, crescimento, desenvolvimento, manutenção (metabolismo), recepção e transmissão sensorial.
Quanto aos nossos hábitos, os registros captados pelos cinco sentidos que passam a se incorporar na repetição de procedimentos que acabam transformando-se em costumes. Assim como qualquer coisa que você ouve, vê, toca, cheira ou diz, de igual modo, é armazenado. E isso acontece pela participação da mente consciente, de forma direta ou indireta.
Todas as manifestações que nós adultos temos, através de sentimentos, emoções, toda e qualquer reação que tenhamos, são sempre a maneira de nossa criança interna reagir.
A comunicação, a reconciliação com a nossa criança têm a ver com o perdão que pedimos a ela pelos julgamentos que fizemos dela. Julgamos nossa criança interna sempre que julgamos alguém, não importa quem e que tipo de julgamento!
Porém, é IMPORTANTE também saber que: NÃO somos essas memórias!!!

Lena Rodriguez
Cuide Bem de Você – você criança, acredite, há uma em todo adulto!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

PRECONCEITO
A intolerância que gera morte! 


Linchamento de dois negros fugitivos - EUA - 1930
  Como o preconceito veio à bordo da maldade humana, após Caim assassinar seu irmão Abel, não foi novidade o preconceito social encontrado por Jesus Cristo em Israel. Quem não era da seita dos fariseus ou de outros “doutores” da Lei, eram tidos como publicanos (cobradores de impostos) e “pecadores”.
  E na Idade Média, já sob o domínio da Igreja Católica Romana, que distorcia todo o cristianismo pregado pelos apóstolos do Cristo, era a própria igreja a geradora do preconceito (ou intolerância, o que dá no mesmo), contra os que não eram “beija-mãos de padres). Os não simpatizantes do catolicismo viravam “feiticeiros” e iam para a fogueira da “santa inquisição”...
  Mas o mundo gira e muda e assim, após a chamada Reforma, de Lutero e Calvino, a igreja católica passa a concentrar sua intolerância religiosa nas Américas Central e do Sul, a partir da Espanha e Portugal... e o resto da história todos já sabem: igreja e homens sem caráter e maldosos e, mais tarde os bandeirantes, a partir do Estado de São Paulo, iriam assassinar, roubar os índios e tentar escravizá-los. A igreja foi contra a escravização dos índios, mas acabou apoiando a dos negros trazidos da África.

Caçador de escravos índios no Brasil - Quadro de Debret
  Nos países ditos mais “civilizados”, como os EUA, o preconceito era inicialmente dirigido contra os índios, na colonização do Oeste. Como aqui no Brasil, os índios da América do Norte teriam suas terras roubadas e seriam assassinados pelos cristãos americanos. A única diferença é que no Brasil  a igreja sutilmente deixava os nossos “cristãos” roubarem e matarem os índios; e já nos EUA, os políticos, em sua sanha ambiciosa, colocavam o próprio exército americano para matar os índios. No Brasil os índios não opunham resistência; já nos EUA, os índios lutaram com toda sua força contra o domínio do cara-pálida. E, nos dois casos, os índios acabaram assassinados ou em reservas (ou campos de concentração disfarçados), com o governo criando um órgão hipócrita para “cuidar” deles, como o extinto SNI (hoje Funai), no Brasil.

Os índios da América do Norte lutaram bravamente contra o domínio branco, mas 
a superioridade numérica deste último acabou prevalecendo - Quadro autor desconhecido
A Batalha de Little Bighorn, quando Custer e sua Sétima Cavalaria são dizimados
pelos índios sob os comandos dos líderes principais, Touro Sentado e Cavalo Louco
  Só como observação,  até hoje não houve uma explicação para tal, se os índios dos EUA lutaram, enquanto os nossos índios não opuseram tanta resistência, os negros no Brasil império lutaram muito mais contra seus opressores do que os negros da América do Norte. Zumbi (desenho) até hoje é uma prova incontestável disso.

 
 
 
 Já na chamada Idade Moderna, os chineses imigraram em massa para o EUA durante a colonização da Califórnia em 1848. Como ainda acontece hoje com os imigrantes nos EUA, eles eram relegados a trabalhos que o branco se julgava indígno de realizar. E os chineses, pela sua passividade, eram até elogiados pela imprensa americana, como ordeiros e inofensivos.
  Em 1860, 12 anos depois, com a chegada de mais brancos ao estado, os chineses começaram a sofrer uma campanha preconceituosa, passando a ser vistos como traidores, criminosos e viciados, ou seja, inferiores à raça branca dominante.
   Este último fato, que seria repetido no final da década de 30 pelos nazistas na Alemanha, contra os judeus, mostra claramente a força do preconceito dentro da Sociedade. A imprensa, gerida pelos “pilares cristãos da sociedade” ou instigada pelo governo, criava imagens esteriotipadas, padronizadas que nada tinham a ver com a cultura e peculariedades milenares do povo chinês. Tais imagens distorcidas pela “força branca cristã”, também seriam aplicadas aos portorriquenhos, negros, judeus e grupos como os homossexuais.

No Brasil, após muita polêmica, os homossexuais ganharam uma lei contra a homofobia
  Portanto, tanto nos tempos antigos como no moderno, pode-se ver claramente que o preconceito (que acaba conduzindo ao ódio), é gerado por imagens distorcidas, por opiniões superficiais, sem fundamento racional. De acordo com o filósofo Jean Paul Sartre, o preconceituoso é um indivíduo sem opinião própria, maldoso e estúpido. Sartre afirma que o indivíduo preconceituoso não deseja o raciocínio; seu ideal é um modo de vida em que a razão tenha apenas papel secundário e, por este motivo, rejeita qualquer discussão séria a respeito de suas atitudes, que na verdade exprimem maldade e covardia advindas de temores difusos entre a população que levam a sentimentos de medo e culpa ligados a uma criação distorcida pela maldade de pais e avós ou por situações sócio-econômicas, que talvez seja, como veremos mais à frente, as que dão mais base para o nascimento de preconceitos, que vão desde os sociais, raciais e religiosos até os profissionais, culturais e até esportivos, como os de futebol no Brasil e na Inglaterra. Estes são tão graves como qualquer outro preconceito, pois levam a confrontos físicos e até à morte de torcedores, o que, tomando por base a Inquisição na Idade Média e mesmo algumas seitas evangélicas de hoje, quando “pastores”, imitando os fariseus do tempo de Jesus na Terra, distorcem as Sagradas Escrituras, acaba criando uma linha paralela entre preconceito e fanatismo. E ambos causam apenas tristeza, destruição e morte...

 
 
 
 
 
  De acordo com a psicologia, o adulto preconceituoso não amadureceu em certos aspectos da sua personalidade. Ao invés de enfrentar as dificuldades ou aceitar as próprias deficiências, ele procura um culpado pela sua situação, um bode expiatório, pertencente a um grupo diferente do seu, seja pela cor, raça, religião, ideologia, etc. Quando o acha, agride-o moral e fisicamente. A personalidade do preconceituoso caracteriza-se pelo medo e pelo desconhecimento da causa desse medo...
  E o indivíduo preconceituoso sempre escolhe como seu “bode expiatório” o lado mais  indefeso, é claro, já que o preconceituoso, segundo os psicólogos, é maldoso e covarde, tanto é que só age em grupos. Suas ações solitárias e dissimuladas são somente direcionadas às mulheres, seres indefesos dentro do local que deveria ser um lar. E neste caso, já nem pode-se chamar de preconceito, mas de pura covardia mesmo, já que o indivíduo descarrega sua raiva e frustração na esposa e nos filhos. 
  Hoje, pelo menos no Brasil, com a Lei Maria da Penha, alguns indivíduos já estão pensando duas vezes antes de agredir sua companheira. Mas como algumas mulheres, por medo, não denunciam seus agressores, as sórdidas e covardes agressões ainda continuam no recôndito dos “lares”... 
Etnocentrismo
  Todo conjunto de preconceitos alimentados por um grupo social em relação a outro que dele difere, recebe o nome de etnocentrismo. Essa atitude etnocêntrica podia se ver nos romanos, que rotulavam de “bárbaros” todos os que não pertenciam à sua civilização. Povos europeus utilizaram o termo “selvagens” com o mesmo sentido.
 Quando esse fenômeno atinge grandes massas populacionais, pode gerar consequências gravíssimas, principalmente em situações de crise econômica, quando o medo adquire proporções de pânico. As pessoas podem ser guiadas para atender a interesses particulares, sem consciência de estarem sendo usadas.
  Isso ocorreu no colonialismo entre os séculos XVI e XIX, quando as maiores nações, usando ideologias discriminatórias e racistas, por motivos econômicos, culturais e até biológicos, se sentiam superiores a outros povos, o que levou nações inteiras a serem dominadas, saqueadas e extintas, como os maias, os incas e astecas, como o extermínio dos índios norte-americanos e como os índios brasileiros, que de 5 milhões antes da colonização, foram paulatinamente sendo reduzidos. Em 1996, todas as nações indígenas no Brasil não passavam de 270 mil almas.
  Os “civilizados” europeus, em justificativa de transmitir aos africanos os nobres e elevados valores ocidentais, se apossaram das riquezas e levaram o povo da África ao trabalho escravo.
  Na Segunda Guerra Mundial, Hitler e seu Estado Maior também usaram o medo econômico e a pregação da “superioridade ariana” para acentuarem o preconceito contra ciganos, homossexuais e principalmente contra os judeus, acusados de serem os responsáveis pelos problemas econômicos da Alemanha. Apenas usando o preconceito, os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus!

Corpos de judeus amontoados em Dachau, campo nazista de extermínio
  No século dezenove, preconceitos racistas constituiam (e ainda constituem, como veremos mais adiante), a essência de determinados governos, onde os “diferentes”, embora libertos do colonialismo e da escravidão, precisaram lutar pelos seus direitos em nome dos ideais da liberdade, que estão na Constituição dos próprios países onde vivem, mas não são respeitados. Os “diferentes” são considerados iguais perante a lei dos homens, mas o preconceito não os deixa ser iguais perante seus compatriotas... A igualdade está apenas no papel! 

Mesmo sendo norte-americanos e após o fim da escravidão, os negros eram separados da 
maioria branca, como mostra a corda entre eles na foto dentro de um estádio
  Nos EUA, ainda durante toda a década de 60, e mesmo com o término da escravidão o preconceito contra o negros era grande, principalmente nos estados sulistas. O assassinato de 3 líderes estudantis em 1964, foi retratado através do filme Mississippi em Chamas, que mostra as covardes agressões a pessoas pacíficas apenas pelo fato da cor delas serem diferentes da dos “brancos superiores”.
  Robert Shelton, sumo sacerdote da Ku Klux Klan, organização com traços nazistas, que sempre alimentou o ódio racial e estimulou todo tipo de preconceito, nessa época, dizia que nem ele nem sua organização se dirigiam contra os negros,  “desde que eles fiquem em seus lugares, isso é, engraxando nossas sapatos e limpando nossas latrinas”, disse.
 
 
Kennedy, ainda senador e ao lado, o reverendo Martin Luther King. Este foi assassinado por 
motivos raciais e quanto a John Kennedy, depois eleito presidente, até hoje não se sabe 
se seu assassinato foi pelos mesmos motivos...
  Outra prova incontestável do desrespeito aos direitos humanos e que as nações ditas civilizadas, menosprezam, oprimem e pisam sobre a igualdade entre os próprios compatriotas, foi o Apartheid na África do Sul. Uma minoria branca disseminou de tal forma o preconceito racial e fez um domínio ditatorial tão grande, que as pontes no país eram divididas para a passagem de brancos de um lado e negros do outro. O negro que fosse pego no lado “branco” da ponte, pagava multa e podia até ser preso!
 O apartheid  durou de 1948 a 1994 e foi criado pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
 
 
 

 
 
 
 
    Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela (desenho), que se tornou presidente da África do Sul. Mas além disso, Mandela foi  herói africano. Ele passou 27 anos preso por se opor ao regime do Apartheid.
  Já contra a mulher, o preconceito aparece em frases populares, obras de arte, códigos civis e religiosos. A mulher só serve para procriar e cuidar da casa. Esta é a síntese do preconceito contra a mulher. Mas se a mulher brasileira nunca deu muita importância a esse preconceito básico, sofreu (e sofre) horrores com as agressões físicas feitas pelo seu próprio companheiro, sendo que muitas chegaram a ser mortas.
  Outros que sofrem muito com o preconceito, no sul dos EUA e em todo o Brasil, são os gays ou homossexuais.
  Além disso, dentro do preconceito social no Brasil, os nordestinos são as maiores vítimas. São tanto excluídos como agredidos e isso acontece justamente no estado de São Paulo, onde mais se concentram os nordestinos que migraram da sua terra natal em busca de melhores condições de vida.
 Assim, o preconceito contra o judeu continua até hoje, assim como contra homossexuais e negros. Contra o judeu é um preconceito velado, já que depois da criação do Estado de Israel em 1948, os israelitas (ou judeus, como são comumente chamados), aprenderam a se defender, respondendo hoje de igual para igual contra qualquer ação agressiva contra eles.
A Lei Maria da Penha , de número 11.340, foi criada em 2006 e contra a homofobia, foi criado o projeto de lei  PLC122, que criminaliza a discriminação por orientação sexual. Contra o racismo existe a lei  7.716, de  1989.  Embora tais leis condenem a agressão contra a mulher, a homofobia (contra gays) e protejam o negro, elas não eliminam a base de tudo isso, que é o preconceito!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

 
O MEDO DE COMPROMETER-SE
“Eu não estou aqui para fazer de você um cordeiro. Você já tem sido cordeiro em demasia. Eu estou aqui para fazer de você um homem. Ist...o não vai ser fácil, mas você tem que começar a se tornar responsável pela sua própria vida. E uma vez que se torne responsável pela sua própria vida, você começará a crescer, porque não haverá mais sentido em desperdiçar tempo adiando ou esperando. Ninguém irá ajudá-lo. Toda espera é inútil, é puro desperdício.
Por isto, se existe algum conflito, vá fundo nele. Decida alguma coisa. Somente através de decisões você fica cada vez mais cônscio, somente através de decisões você fica cada vez mais cristalizado, fica mais afiado. Do contrário a pessoa torna-se apática.
As pessoas vão de um guru para outro, de um mestre para outro, de um templo para outro; não porque sejam grandes buscadoras, mas porque são incapazes de decidir. Assim elas ficam pulando de um para outro. Essa é a maneira delas evitar comprometer-se.
O mesmo acontece com outros relacionamentos humanos: um homem fica pulando de uma mulher para outra, vai mudando. As pessoas acham que ele é um grande amante; ele não é um amante de jeito algum. Ele está evitando, está tentando evitar algum envolvimento mais profundo porque com envolvimento mais profundo os problemas precisam ser enfrentados, e ele irá passar por muito sofrimento. Assim a pessoa simplesmente joga seguro; a pessoa toma a decisão de nunca se envolver profundamente com alguém. Se você for muito fundo, pode não ser capaz de voltar facilmente. E se você for muito fundo com alguém, outra pessoa irá fundo com você também; é sempre proporcional. Se eu for muito fundo com você, a única maneira é permitir que você também vá fundo em mim. É um dar e receber, é um compartilhar. Então a pessoa pode ficar enrolada demais e será difícil escapar. O sofrimento pode ser grande.
Assim as pessoas aprendem como jogar seguro: basta se encontrar superficialmente; um caso de amor do tipo bata e corra. Antes de ser agarrado, corra.
Isso é o que está acontecendo no mundo moderno. As pessoas se tornaram tão imaturas, tão infantis; elas estão perdendo toda a maturidade. A maturidade chega somente quando você está pronto para enfrentar a dor de seu ser; maturidade chega somente quando você está pronto para aceitar o desafio. E não há um desafio maior que o amor.

Viver feliz com outra pessoa é o maior desafio do mundo. É muito fácil viver pacificamente sozinho, é muito difícil viver pacificamente com outra pessoa, porque os dois mundos colidem, dois mundos se encontram... Mundos totalmente diferentes. Como é que eles são atraídos um pelo outro? Porque eles são totalmente diferentes, quase opostos, pólos opostos.
É muito difícil ser pacífico num relacionamento, mas esse é o desafio. Se você fugir disso, fugirá da maturidade. Se você vai fundo nisso com toda a dor, e assim mesmo continua, então pouco a pouco a dor se torna uma bênção, a maldição se torna uma bênção. Pouco a pouco, através do conflito, surge a fricção, a cristalização. Através da luta você fica mais alerta, mais cônscio.
O outro se torna como um espelho. Você pode ver sua feiúra nele. O outro provoca sua inconsciência, trazendo-a para a superfície. Você terá que conhecer todas as partes ocultas de seu ser e o caminho mais fácil é ser espelhado, refletido, num relacionamento. Mais fácil, digo assim, porque não há outra maneira, mas isso é difícil, árduo, porque você terá que mudar através disso.

Quando você vai para um mestre, um desafio ainda maior se apresenta diante de si, pois terá que decidir e a decisão será por algo desconhecido. A decisão precisa ser total e absoluta, irreversível. Não é uma brincadeira de criança; é um ponto sem retorno.
Surgem muitos conflitos. Mas não continue mudando sempre, porque essa é a maneira de evitar a si próprio. E você irá permanecer mole, irá permanecer infantil. A maturidade não acontecerá a você. (...)
Somente o desconhecido deve atraí-lo porque você ainda não o viveu; ainda não andou por esse território. Mova-se! Algo de novo pode acontecer por lá. Sempre decida pelo desconhecido, seja qual for o risco, e você irá crescer continuamente. Mas, se continuar decidindo pelo conhecido, ficará se movendo repetidamente num círculo com o passado. Você prosseguirá repetindo-o; você se tornará como um gravador.
Assim, decida. E quanto mais cedo você o fizer, melhor. Adiamento é simplesmente estupidez. Amanhã você terá que decidir também, então porque não hoje? E você acha que amanhã será mais sábio do que hoje? Acha que amanhã estará mais vivo que hoje? Você acha que amanhã estará mais jovem que hoje, mais renovado que hoje?
Amanhã você estará mais velho, sua coragem será menor; amanhã você será mais experiente, sua esperteza será maior; amanhã a morte estará mais perto; você começará a dar sinais e a ficar mais assustado. Nunca adie para amanhã. E quem sabe? Amanhã pode chegar ou pode não chegar. Se você tem que decidir, é preciso decidir agora mesmo.”

Osho