A intolerância que gera morte!
Linchamento de dois negros fugitivos - EUA - 1930 E na Idade Média, já sob o domínio da Igreja Católica Romana, que distorcia todo o cristianismo pregado pelos apóstolos do Cristo, era a própria igreja a geradora do preconceito (ou intolerância, o que dá no mesmo), contra os que não eram “beija-mãos de padres). Os não simpatizantes do catolicismo viravam “feiticeiros” e iam para a fogueira da “santa inquisição”... Mas o mundo gira e muda e assim, após a chamada Reforma, de Lutero e Calvino, a igreja católica passa a concentrar sua intolerância religiosa nas Américas Central e do Sul, a partir da Espanha e Portugal... e o resto da história todos já sabem: igreja e homens sem caráter e maldosos e, mais tarde os bandeirantes, a partir do Estado de São Paulo, iriam assassinar, roubar os índios e tentar escravizá-los. A igreja foi contra a escravização dos índios, mas acabou apoiando a dos negros trazidos da África. Caçador de escravos índios no Brasil - Quadro de Debret Os índios da América do Norte lutaram bravamente contra o domínio branco, mas a superioridade numérica deste último acabou prevalecendo - Quadro autor desconhecido A Batalha de Little Bighorn, quando Custer e sua Sétima Cavalaria são dizimados pelos índios sob os comandos dos líderes principais, Touro Sentado e Cavalo Louco Já na chamada Idade Moderna, os chineses imigraram em massa para o EUA durante a colonização da Califórnia em 1848. Como ainda acontece hoje com os imigrantes nos EUA, eles eram relegados a trabalhos que o branco se julgava indígno de realizar. E os chineses, pela sua passividade, eram até elogiados pela imprensa americana, como ordeiros e inofensivos. Em 1860, 12 anos depois, com a chegada de mais brancos ao estado, os chineses começaram a sofrer uma campanha preconceituosa, passando a ser vistos como traidores, criminosos e viciados, ou seja, inferiores à raça branca dominante. Este último fato, que seria repetido no final da década de 30 pelos nazistas na Alemanha, contra os judeus, mostra claramente a força do preconceito dentro da Sociedade. A imprensa, gerida pelos “pilares cristãos da sociedade” ou instigada pelo governo, criava imagens esteriotipadas, padronizadas que nada tinham a ver com a cultura e peculariedades milenares do povo chinês. Tais imagens distorcidas pela “força branca cristã”, também seriam aplicadas aos portorriquenhos, negros, judeus e grupos como os homossexuais. No Brasil, após muita polêmica, os homossexuais ganharam uma lei contra a homofobia De acordo com a psicologia, o adulto preconceituoso não amadureceu em certos aspectos da sua personalidade. Ao invés de enfrentar as dificuldades ou aceitar as próprias deficiências, ele procura um culpado pela sua situação, um bode expiatório, pertencente a um grupo diferente do seu, seja pela cor, raça, religião, ideologia, etc. Quando o acha, agride-o moral e fisicamente. A personalidade do preconceituoso caracteriza-se pelo medo e pelo desconhecimento da causa desse medo... E o indivíduo preconceituoso sempre escolhe como seu “bode expiatório” o lado mais indefeso, é claro, já que o preconceituoso, segundo os psicólogos, é maldoso e covarde, tanto é que só age em grupos. Suas ações solitárias e dissimuladas são somente direcionadas às mulheres, seres indefesos dentro do local que deveria ser um lar. E neste caso, já nem pode-se chamar de preconceito, mas de pura covardia mesmo, já que o indivíduo descarrega sua raiva e frustração na esposa e nos filhos. Hoje, pelo menos no Brasil, com a Lei Maria da Penha, alguns indivíduos já estão pensando duas vezes antes de agredir sua companheira. Mas como algumas mulheres, por medo, não denunciam seus agressores, as sórdidas e covardes agressões ainda continuam no recôndito dos “lares”... Quando esse fenômeno atinge grandes massas populacionais, pode gerar consequências gravíssimas, principalmente em situações de crise econômica, quando o medo adquire proporções de pânico. As pessoas podem ser guiadas para atender a interesses particulares, sem consciência de estarem sendo usadas. Isso ocorreu no colonialismo entre os séculos XVI e XIX, quando as maiores nações, usando ideologias discriminatórias e racistas, por motivos econômicos, culturais e até biológicos, se sentiam superiores a outros povos, o que levou nações inteiras a serem dominadas, saqueadas e extintas, como os maias, os incas e astecas, como o extermínio dos índios norte-americanos e como os índios brasileiros, que de 5 milhões antes da colonização, foram paulatinamente sendo reduzidos. Em 1996, todas as nações indígenas no Brasil não passavam de 270 mil almas. Os “civilizados” europeus, em justificativa de transmitir aos africanos os nobres e elevados valores ocidentais, se apossaram das riquezas e levaram o povo da África ao trabalho escravo. Na Segunda Guerra Mundial, Hitler e seu Estado Maior também usaram o medo econômico e a pregação da “superioridade ariana” para acentuarem o preconceito contra ciganos, homossexuais e principalmente contra os judeus, acusados de serem os responsáveis pelos problemas econômicos da Alemanha. Apenas usando o preconceito, os nazistas exterminaram 6 milhões de judeus! Corpos de judeus amontoados em Dachau, campo nazista de extermínio Mesmo sendo norte-americanos e após o fim da escravidão, os negros eram separados da maioria branca, como mostra a corda entre eles na foto dentro de um estádio Robert Shelton, sumo sacerdote da Ku Klux Klan, organização com traços nazistas, que sempre alimentou o ódio racial e estimulou todo tipo de preconceito, nessa época, dizia que nem ele nem sua organização se dirigiam contra os negros, “desde que eles fiquem em seus lugares, isso é, engraxando nossas sapatos e limpando nossas latrinas”, disse.
motivos raciais e quanto a John Kennedy, depois eleito presidente, até hoje não se sabe se seu assassinato foi pelos mesmos motivos... O apartheid durou de 1948 a 1994 e foi criado pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca. Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela (desenho), que se tornou presidente da África do Sul. Mas além disso, Mandela foi herói africano. Ele passou 27 anos preso por se opor ao regime do Apartheid. Outros que sofrem muito com o preconceito, no sul dos EUA e em todo o Brasil, são os gays ou homossexuais. Além disso, dentro do preconceito social no Brasil, os nordestinos são as maiores vítimas. São tanto excluídos como agredidos e isso acontece justamente no estado de São Paulo, onde mais se concentram os nordestinos que migraram da sua terra natal em busca de melhores condições de vida. Assim, o preconceito contra o judeu continua até hoje, assim como contra homossexuais e negros. Contra o judeu é um preconceito velado, já que depois da criação do Estado de Israel em 1948, os israelitas (ou judeus, como são comumente chamados), aprenderam a se defender, respondendo hoje de igual para igual contra qualquer ação agressiva contra eles. A Lei Maria da Penha , de número 11.340, foi criada em 2006 e contra a homofobia, foi criado o projeto de lei PLC122, que criminaliza a discriminação por orientação sexual. Contra o racismo existe a lei 7.716, de 1989. Embora tais leis condenem a agressão contra a mulher, a homofobia (contra gays) e protejam o negro, elas não eliminam a base de tudo isso, que é o preconceito! |